O termo é usado pejorativamente. Segundo o dicionário InFormal, fugir da raia significa “acovardar-se, escapar de uma situação adversa sem enfrentá-la”. Quem é do interior sabe que raia é a designação caipira para uma pista de hipismo improvisada nas fazendas. A raia é um trecho de pasto, com uma reta, onde se demarca uma distancia, digamos de 1 km, para que os cavalinhos disputem um páreo informal nos finais de tarde. Isso é muito comum no RGS. Os peões da fazenda montam os cavalos e o povo em volta faz as apostas. É uma espécie de jockey club dos pobres. Quando um cavalinho se sente intimidado, ele anda de lado e, literalmente, se afasta da afasta, ou foge da raia. Taí um bom exemplo de cultura inútil.
Fugindo da raia
Publicado em Práticas de Gestão, Vendas
Com a tag Competitividade, Concorrência, Request for Proposal, RFP, Vendas
Jogo de “esconde-esconde” na web
Um dia desses eu estava discutindo com um amigo sobre a importância das empresas participarem das redes sociais. Meu ouvinte era atento e, de repente, ele me sapecou com duas questões inesperadas:
1. Se minha empresa tem uma marca desconhecida na web, como seremos encontrados?
2. Como eu descubro onde está meu público-alvo nas redes sociais (não quero perder tempo com quem não se interessa pelo meu discurso; quero buscar afinidades)? São duas questões simples e óbvias, mas difíceis de serem respondidas por quem está distante das novas mídias.
Continuar lendo
Campus Party 2010, inscrições abertas
Nunca ouviu falar? Sorry, mas você precisa se incluir nessa. Campus remete a estudo, reunião de acadêmicos e party significa festa. O Campus Party é exatamente isso: uma grande festa dos jovens, universitários, profissionais e empresários, que curtem juntos, durante uma semana, as tendências de tudo que gira em torno do conhecimento digital: internet, redes sociais, games, softwares livres, novas tendências em tecnologia, são alguns dos temas que podem ser estudados no evento. Uma boa definição para o Campus Party seria: uma rave em rede.
O encontro, que nasceu na Espanha e chega na sua 12ª edição em 2010, está sendo realizado no Brasil pela 3a. vez. A idéia do Campus Party é simples: os participantes levam seus laptops e se relacionam com outras pessoas que se interessem pelo mesmo assunto, trocando experiências e conhecimentos. A organização do evento, de sua parte, oferece aos participantes palestras, wokshops e competições, visando estimular os debates.
Em termos de lazer, o Campus Party oferece aos participantes uma área de lazer com esportes, cinema, videoclube, shows com DJs e VJs, paintball, livraria e lojas. Os inscritos também podem acampar no lugar do evento e também terão um refeitório à sua disposição.
O grande interesse pelo Campus Party pode ser justificado, entre outros motivos, pela lista de personalidades que já passaram pelo evento: Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua em 1969, Eveline Herfkens, coordenadora geral da Campanha dos Objetivos do Milênio das Nações Unidas, Stephen Hawking, renomado físico britânico que, através de um vídeo, Tim Berners-Lee inventor da web.
O evento 2010 será realizado no mesmo local do ano passado (Centro de Exposições Imigrantes). Até 25 de outubro (próximo domingo), os ingressos estarão no valor promocional de R$ 100,00. Os serviços de acampamento (R$ 15,00) e de alimentação são opcionais e não estão inclusos no valor do ingresso. São só 3.000 vagas e você pode se inscrever já!
Divulguem usando o hashtag #cpartybr
Publicado em Comunicação Empresarial
Com a tag Blogs, Campus Party, comunicação em rede, Comunicação Social, Conhecimento Digital, social media, Tecnologia
Gerenciando egos
Eu costumo utilizar o termo prima donna (a estrela nas óperas) para me referir à galera difícil de dirigir e mais difícil ainda de digerir. As primas donnas, ao contrário do que geralmente pensamos, não são os mais experientes, ou os mais graduados. Geralmente, os egos maiores são encontrados dentre os jovens, particularmente técnicos e especialistas, que se acham insubstituíveis, “a última bolacha do pacote”, e que costumam olhar o resto mundo com um desdém condescendente.
Eu que já sou “um bode velho” não devia ter mais essa reação, mas cada vez que presencio a cena de um jovem esnobe escutando com um sorrizinho irônico a opinião de pessoas mais velhas, e muitas vezes menos conhecedoras do assunto, meu impulso é correr para o banheiro para vomitar. Já vi esse filme muitas vezes e nunca assisti a um happy end para o lado do babaca esnobe. Feliz, ou infelizmente, temos que conviver com esses ingênuos por duas razões:
1. Todos nós, em maior ou menor grau, já fomos idiotas um dia.
2. Muitos desses idiotas serão curados, pelo tempo e pelas porradas, e darão uma contribuição valiosa para o negócio.
Publicado em Relações Humanas & Comportamento
Com a tag Gerenciamento de egos, Louis Gestner, Práticas Gerenciais, Steve Jobs, Steve Wozniak
Curitiba e as Redes Sociais
O que têm as redes sociais a ver com Curitiba, ou como meu velho avô dizia, “o que tem a ver o relógio com as calças”? Tudo e nada a ver, ao mesmo tempo. Me explico.
A comunicação corporativa é usualmente um grande desafio para as empresas. Isso em função de dois grandes problemas:
1. As empresas não conhecem bem o perfil de seu público-alvo;
2. Não conhecem seus maiores interesses no momento. Os interesses são sempre derivados das necessidades, que mudam continuamente. Continuar lendo
Publicado em Comunicação Empresarial
Com a tag Blogs, Campanhas, Cidade Modelo, Curitiba, Marketing, Mídia Tradicional, mídias sociais, Redes Sociais, social media
Vendedor Consultor (4): Planejando como ganhar os grandes negócios
Eu passei boa parte de minha vida atuando como vendedor e outra gerenciando vendedores. Durante todo esse tempo uma coisa eu aprendi: em geral, embora não seja regra, vendedores odeiam planejamento. Existe até uma certa noção romântica de que vender é a arte da improvisação e que os grandes vendedores são aqueles que “saem jogando”, em qualquer situação. Continuar lendo
Publicado em Vendas
Com a tag análise de mercado, estratégia de vendas, estratégias de vendas, gestão de forecast, gestão de pipeline, gestão de territórios, gestão de vendas, gestão do processo de vendas, metodologia de vendas, planejamento de negócios, planejamento de vendas, positioning, processo de vendas, vendas consultivas, vendedor consultor
Vendedor Consultor (3): explorando um pouco mais o tema
Roberto Arouche*
A venda executada pelo vendedor-consultor recebe diferentes nomes: venda complexa, venda consultiva, venda orientada ao cliente, venda de soluções, venda não manipuladora, entre outras. Seja qual for o nome dado, ela detém características muito relevantes com conseqüências igualmente importantes. Primeiramente elas são tipicamente B2B, isto é, entre empresas e tem alto valor. Outras características marcantes da venda consultiva são o ciclo longo e o custo elevado da venda.
Publicado em Vendas
Vendedor Consultor (2): Account Control
Eu fico em dúvida em me classificar como um velho vendedor, ou um vendedor velho; talvez eu me encaixe em ambas as categorias. O fato é que passei mais de metade de minha vida vendendo, ou gerenciando vendedores. Durante todo esse tempo tive oportunidade de refletir sobre os muitos aspectos que influenciam a eficácia em vendas: metodologia, geração de bons leads, qualificação correta de oportunidades, planejamento de negócios e account control. De todos esses fatores, se eu tivesse que escolher um, primordial, escolheria o account control.
Minha escola de vendas foi a IBM, na minha opinião a empresa com melhor conceito e aplicação de account control de todo o mercado. Os gerentes de negócios da IBM são soberbos nesse tópico, eles sabem tudo de account control. Nesta blogada vou tentar exprimir 30 anos de experiência em alguns parágrafos, o que certamente é uma temeridade.
Vendedor Consultor (1): isso faz sentido para você?
Se não faz sentido para você, é bom começar a prestar atenção. Os bons tempos do vendedor quando a principal virtude era o relacionamento ficaram para trás. Agora os tempos são outros. O vendedor deve saber construir valor, ter forte interação com os clientes e entender seus problemas melhor do que eles mesmos. Sim, agora o vendedor precisa ser um consultor. Não convenci? Então voltemos um pouco…
Conhecimento em Rede X Comunicação em Rede
O portal “Nós da Comunicação” entrevistou Carlos Nepomuceno, jornalista, professor (UFRJ, Facha e Senac), pesquisador e consultor, sobre o tema “Conhecimento em Rede”. Em sua entrevista, Nepomuceno procura explicar o sentido de Conhecimento em Rede. Escolhi um trechinho que define bem o conceito: “Pelo que tenho visto e estudado, há uma relação entre o tamanho da população, a quantidade de informação que circula e a velocidade necessária para que essa informação chegue a todas as pessoas. Há sete bilhões de pessoas no planeta, e o volume de informação é compatível com esse número. Trabalho com a idéia de que hoje existem redes de conhecimento. No passado essas redes eram caracterizadas pelo diálogo, baseado na comunicação oral, uma rede do tipo um para um. Mais tarde, baseada na escrita, com modelo de troca de informações, a rede passa a ser de um para muitos. Na era digital, com a interação predominante, a rede passa ser de muitos para muitos e a distância.”