Fugindo da raia

O termo é usado pejorativamente. Segundo o dicionário InFormal, fugir da raia significa “acovardar-se, escapar de uma situação adversa sem enfrentá-la”. Quem é do interior sabe que raia é a designação caipira para uma pista de hipismo improvisada nas fazendas. A raia é um trecho de pasto, com uma reta, onde se demarca uma distancia, digamos de 1 km, para que os cavalinhos disputem um páreo informal nos finais de tarde. Isso é muito comum no RGS. Os peões da fazenda montam os cavalos e o povo em volta faz as apostas. É uma espécie de jockey club dos pobres. Quando um cavalinho se sente intimidado, ele anda de lado e, literalmente, se afasta da afasta, ou foge da raia. Taí um bom exemplo de cultura inútil.

O consultor e o fundamentalista

Fundamentalismo é o termo usado para se referir à crença na interpretação literal dos livros sagrados. Hoje o fundamentalismo é um termo utilizado de forma mais ampla. Fundamentalismo é sinônimo de radicalismo. Quando pensamos em fundamentalistas nos vêem à cabeça imagens de homens-bomba prestes a se explodir por Alá. Mas, também nos remete a fundamentalistas econômicos, como os neo-liberais (vamos controlar custos e deixar o mercado gerar oportunidades e riquezas), ou os progressistas (o governo centraliza tudo e investe pesado para gerar riquezas). Ou seja, o fundamentalismo está relacionado à adesão irrestrita, e sem discussões, a conceitos básicos e fundamentais. Rings a bell?